domingo, 25 de março de 2012

16 de novembro de 2011

Eu posso olhar pra você, aqui, hoje, e eu ainda vou sentir falta da pessoa que eu amo. Eu posso não ter feito as coisas direito - e eu sei que não fiz -, e posso me arrepender disso a cada momento em que respiro, mas eu sempre quis que você fosse feliz, em algum lugar, com alguém. Até comigo, talvez, num futuro. Eu conheci e amei uma pessoa tão maravilhosa, e eu só queria que ela continuasse a existir em algum lugar. Eu posso ter feito muito, muito errado, mas eu nunca quis que meu "vido" desaparecesse assim, pra sempre. Eu sinto sua falta, sim; mas me sinto mais triste por aquela pessoa não existir mais. Eu me sinto de luto, me sinto como se tivesse perdido pra morte. E eu me sinto culpada por isso. Não vou dizer que me arrependo do que fiz, porque não seria totalmente verdade. Pode não ter sido o melhor remédio, mas eu mudei, melhorei muito por conta disso. Enxerguei muitas coisas, cresci, amadureci, me tornei alguém melhor. Mas queria que houvesse um modo de eu ter feito isso sem que as coisas ficassem assim hoje.

Eu estava voltando pra casa, e, como de costume, olhei aquela marcação na parede. Parece ser a única coisa que restou de uma das melhores épocas da minha vida. Cheguei em casa hiperventilando, tremendo, chorando; corri pra vir escrever. Acho que é a única coisa que alivia um pouco esse misto de sentimentos que eu sequer entendo. E eu fico fantasiando; fingindo que vou te encontrar na rua e então você vai furtivamente me chamar pra conversar. Porque eu preciso muito disso. Precisava entender. Saber o que aconteceu, e o que ainda tá acontecendo. Preciso saber o que você tá sentindo, pra entender porque de repente fiquei assim. Eu sei que você também não tá normal. Eu sei. Eu sinto.

E sei que passar reto por mim na rua não é algo feliz pra você. Eu sei. Mesmo que você aparente não se importar, mesmo que seu olhar esteja duro, eu sei. Porque eu também estou no seu lugar. Eu também finjo não me importar; também levanto o nariz e olho duro. Mas fecho a porta aos prantos. Subo correndo pra escrever. Revejo fotos.

Talvez seja efeito retardado; talvez hoje só esteja doendo tudo que não doeu há dois anos atrás. Mas eu aposto a minha alma que não é simples assim.

Eu aposto que algo aconteceu. Só não faço ideia do quê. Talvez a última parcela da pessoa que eu amo tenha definitivamente morrido; talvez apenas você tenha passado a me odiar com todas as forças. Não sei.

Mal sei qualquer coisa sobre essa história toda. Só sei que te amo, e sinto muito.

domingo, 4 de março de 2012

14 de novembro de 2011

I shouldn’t, but I really miss you sometimes. I know, it’s been two years, but… Everything is too much different, and I don’t know you anymore. You’re anyone else now. Seems like the awesome person I first met don’t exist anymore. And it kills me. I feel guilty for it.

I feel loving someone who is dead. Sometimes I ask myself if I wasn’t dreaming about who I thought you were, ‘cause I can’t find that one in yourself today. I miss you, but I miss who you used to be, not the monster you became. It’s easy to say myself I don’t love you when I step by you on the street and I see that terrible person. But it’s impossible not to cry when I remember why I felt in love with you; why I used to say you would be my husband forever. It’s impossible not to miss your bear hug, your lovely hands, your soft voice, your care.

I rather hope for the future. I believe you’ll wake up, and stop being like this. I’ll always care about you, always. I’ll always cry for you. And I’ll always hope you to change back who you were. And when that happens, I’ll be here. Forever.

Please, don’t forget. I love you. I always will.