quarta-feira, 11 de setembro de 2013

16 de fevereiro de 2012

E então eu chorei. Por tudo. Um tudo que nem eu sei o quê. Por tudo que eu perdi, por todas as expectativas que criei, por todas as decepções que tive, por um vazio que me apareceu no peito, por eu não compreender o coração das pessoas. Chorei uma vontade irreprimível de chorar.

Quanto mais me apego a alguém, mais a pessoa se afasta. E essas são as piores perdas. Quanto mais alto você chegar, maior a queda. Quanto mais alguém for importante, mais dói a decepção. Me pergunto se esse ciclo um dia tem fim, ou se vou perder pessoas até que eu mesma me perca. Já me perderam também, e nem sempre me senti mal por isso. Será esse o outro lado? Uma paz e uma alegria por ter se livrado, enquanto o outro chora por não ter mais? Não, não em todos os casos, tenho certeza. Às vezes a gente chora que perdeu, mas não perdeu coisa nenhuma. O outro tá lá, chorando de saudade também. Mas não liga, não fala, não volta. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

06 de fevereiro de 2012

Eu só queria poder deitar no seu peito e esquecer da vida; me aninhar ali e me sentir cuidada, protegida, inatingível. Fechar os olhos e fingir que nada aconteceu, que o último ano não existiu. Respirar devagarzinho só pra ouvir seu coração bater disparado, sabendo que é porque estou ali, porque você me ama como eu te amo, eu sei disso.
Suas ações podem me dizer o contrário, mas eu nunca duvidei das verdades do meu coração. Eu sei que ainda há uma ligação, uma conexão. E, mesmo longe, eu sinto você. Mesmo que pouco, porque, hoje, eu quase não importo. Quase. Tive que aprender a respirar sem você pra sobreviver. Tive que aprender a ter ódio e raiva no meu coração pra seguir em frente, porque você quis assim. Até que ponto eles são verdadeiros eu também não sei, e nunca vou poder descobrir sozinha. Mas aprendi a ter paciência também, porque sei que não há nada em minhas mãos que possa ser feito. Eu só posso esperar. E vou viver enquanto espero. O que for pra ser, será; o futuro já está escrito e não cabe a mim mudar o curso da história. Nem que eu pudesse, eu não o faria. Ninguém pode saber o que ou quem é melhor pra mim a longo prazo, nem eu mesma. Então eu vivo em paz, esperando acontecer. Assisto meu próprio filme; também sou espectadora da minha própria vida. Mas nem assim deixo de vivê-la.