terça-feira, 4 de setembro de 2012

27 de dezembro de 2011


Talvez eu não devesse, e talvez tudo seja mesmo um grande erro... mas eu resolvi tentar. Cinco anos depois, resolvi tentar. É claro que cada acontecimento desse ano tem sua parte nisso, principalmente as conversas. Cada uma delas me deixou mais encantada, mais fascinada. Umas delas me ajudaram a entender essa loucura toda. Outras, só me deixaram ainda mais confusa. Mas eu sinto que esse mistério todo faz parte do encanto. Se as cartas estivessem sobre a mesa desde sempre, talvez eu não ficasse assim por tanto tempo. Ou talvez ficasse. Não sei... é tanta coisa, tanta história, tantas conversas, tantos momentos, tantos sentimentos; é difícil explicar até mesmo o que sinto. E sei que não é difícil só pra mim.
Pode ser cruel pensar que tudo o que já aconteceu até hoje só serviu pra tornar esse sentimento mais complexo. De certo modo, é triste, sim, mas costumo dizer que nossa história só é tão bonita por causa de tantos obstáculos. Não há quem não se comova e não tome partido de nós.
Mas eu tenho medo. Um medo egoísta, sim, mas tenho medo de tudo dar errado e eu o perder. Sei que já estou partindo da ideia de que tudo vai dar errado, mas preciso ter consciência de todos os riscos que estou assumindo ao me abrir pra essa decisão. Sempre me senti lisonjeada por a nossa relação sobreviver a todos os problemas que surgiram – inclusive um término de namoro. E de modo algum eu gostaria que fosse diferente. Mas sei que, diante de um passo tão grande, as conseqüências também serão maiores. Eu posso perder qualquer coisa, só não posso perdê-lo. Amo-o muito sim, a ponto de preferir vê-lo com outra pessoa a assumir o risco de perdê-lo. Pode ser egoísmo, pode ser busca por segurança; eu não sei. Nunca consegui definir parâmetro algum para como me sinto sobre você. Mas o quero. E não posso perdê-lo. Não posso perdê-lo. Não posso perdê-lo.