segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

17 de março de 2011

De vez em quando sinto a escuridão vindo atrás de mim de novo, tentando-me afundar, sufocar; tentando me impedir de me distrair e viver no meu mundinho feliz, onde um dia seremos felizes juntos de novo. E por mais que eu tente lutar, não pensar nisso, eu acabo sucumbindo. Acabo deixando-me tomar pela dor, pela agonia, pelo desespero, pela saudade. Principalmente pela saudade. Ainda sinto medo, ainda me sinto terrivelmente culpada, mas a saudade está acima de tudo. Acima da minha força de vontade até. E por isso é tão fácil para a escuridão tomar conta de mim. O desespero tem uma porta de entrada, mas não de saída. Sou obrigada a viver com ele, a carregar seu enfadonho peso por todo lugar, ate alguém conseguir me salvar e me tirar do limbo. E como se já não fosse ruim o suficiente, as duas únicas pessoas capazes de me salvar não querem fazê-lo. Um deles até tentou; e me fez bem, me fez sentir muito melhor. Mas do que realmente preciso ele não é capaz de fazer, e nem ninguém é. Só o outro.

Logo eu, que sempre cuidei de mim mesma, que nunca dependi de ninguém. Hoje tenho minha sanidade e minhas saúdes física e mental dependendo de uma única pessoa no mundo inteiro. Não sei lidar com isso. Simplesmente não sei como me desligar, como ignorar, como vencer a escuridão e não sucumbir. Não me ensinaram a conviver com esse vazio; não me ensinaram a seguir minha vida me sentindo completamente oca. E pra ser sincera eu nem quero aprender. Não quero esquecer e superar e seguir em frente. Quero aquilo tudo de volta; não aceito alternativas. Enquanto a vida tá me testando, só vejo uma resposta correta.

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