segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

20 de março de 2011

Não importa o quanto pareça melhor, o fim é sempre o mesmo. E então eu voltei a chorar, feito criança, como não fazia já há algum tempo. Três letras e eu me senti de volta àqueles dias, de volta àquele inferno que por tanto tempo me prendeu. Três malditas letras e eu quis sumir. Sim, é essa a intensidade das sensações que ele provoca. Sim, eu já sabia que algo de ruim estava por vir; eu senti, eu pressenti. Mas isso não me protegeu da dor que me atingiu num átimo. Afundei de novo. Dessa vez não consegui fugir; fiquei vulnerável e a escuridão me venceu. Por quanto tempo dessa vez? Nem eu sei. Tudo o que sei são as verdades que ainda tenho dentro de mim, mesmo que pareçam absurdas agora. São intrínsecas; acreditar nelas não é bem uma escolha. Chegou a ser necessidade. Se são absurdas ou impossíveis já nem sei mais; enlouqueci. Minha sanidade me deixou há muito, nem isso me resta mais. Até onde uma pessoa pode afundar? Até que ponto alguém pode perder tudo? Sinto que estou cada vez mais perto de descobrir. Mas não sinto medo. Medo, não. Só uma sincera tristeza, somada à impotência e ao desespero. Quer dizer, pelo menos agora. No próximo minuto meus sentimentos serão outros. E mudarão constantemente, a seu bel-prazer. Enlouqueci, perdi a razão e a sensatez. Vivo cada dia querendo que seja o último. Não me preocupo com o amanhã; não tenho objetivos. Não me importo mais. Faço o que esperam de mim e espero o tempo passar, querendo que chegue logo o dia em que finalmente vou embora daqui.

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