sexta-feira, 6 de setembro de 2013

06 de fevereiro de 2012

Eu só queria poder deitar no seu peito e esquecer da vida; me aninhar ali e me sentir cuidada, protegida, inatingível. Fechar os olhos e fingir que nada aconteceu, que o último ano não existiu. Respirar devagarzinho só pra ouvir seu coração bater disparado, sabendo que é porque estou ali, porque você me ama como eu te amo, eu sei disso.
Suas ações podem me dizer o contrário, mas eu nunca duvidei das verdades do meu coração. Eu sei que ainda há uma ligação, uma conexão. E, mesmo longe, eu sinto você. Mesmo que pouco, porque, hoje, eu quase não importo. Quase. Tive que aprender a respirar sem você pra sobreviver. Tive que aprender a ter ódio e raiva no meu coração pra seguir em frente, porque você quis assim. Até que ponto eles são verdadeiros eu também não sei, e nunca vou poder descobrir sozinha. Mas aprendi a ter paciência também, porque sei que não há nada em minhas mãos que possa ser feito. Eu só posso esperar. E vou viver enquanto espero. O que for pra ser, será; o futuro já está escrito e não cabe a mim mudar o curso da história. Nem que eu pudesse, eu não o faria. Ninguém pode saber o que ou quem é melhor pra mim a longo prazo, nem eu mesma. Então eu vivo em paz, esperando acontecer. Assisto meu próprio filme; também sou espectadora da minha própria vida. Mas nem assim deixo de vivê-la.

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