sexta-feira, 25 de março de 2011

22 de junho de 2010

De repente, tudo de esvaiu. A alegria, a felicidade, a calma, a leveza, a mágica. A esperança. Não foi dito com todas as letras, mas eu pude entender. É o fim. E o que me consome é esse sentimento de impotência. Essa sensação de saber quando já era tarde demais que eu entendi que muitas vezes eu impliquei demais. O choque, e algumas pessoas realmente me fizeram abrir os olhos. Mas agora já é tarde demais. Sempre achei que nunca fosse tarde para o amor. Mas não é bem isso que parece agora. Quisera eu nunca tivesse mudado. Quisera eu jamais tivesse querido tanto alguém. Se eu simplesmente não me importasse, não estaria no ponto em que cheguei. Quando eu realmente acreditei e quis que desse certo, um desentendimento pôs tudo a perder. Não é justo. Me dispus a mudar, a me esforçar ao máximo, a fazer as coisas darem certo, agora sei que boa parte foi culpa minha. E de que adianta? De absolutamente nada. Serve só pra eu me sentir assim, desesperadamente impotente. Quero submergir. Quero esquecer quem sou e a vida que já tive. As lembranças me torturam, junto com os presentes e as fotos, de uma época em que tudo era bom; de uma época que eu ainda espero voltar. E que voltaria, se deixassem. Mas o ceticismo prevalece. O medo também, talvez. E eu, que antes era tão confiável pra ele, hoje pareço fazer promessas vagas e falsas. Eu não minto. Não engano ninguém. Se digo que mudei, e que posso fazer dar certo, é porque posso. Mas minha palavra não é mais suficiente. E, enquanto não me deixar te mostrar e provar, tudo vai ficar assim. Você pode estar bem agora. Melhor que durante as brigas. Mas aposto tudo e todos que tenho nessa vida que ficará, ou ficaria, bem melhor se me deixar fazer o ano passado voltar. Mas, de novo, não depende de mim. Não adianta que eu queira, ou que eu mude, ou que eu mobilize o mundo. Você só precisa acreditar na força que o meu amor por você e o seu amor por mim têm. Você só precisa reacreditar. Porque já entendi que você desacreditou. E eu não faço a mínima ideia de como fazer isso mudar. Impotência.







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25 de março de 2011 - adendo:
Escrevi esse texto em junho do ano passado, e é assombroso lê-lo hoje e perceber o quanto é atual, o quanto me sinto desse mesmo jeito. Mas de uma maneira muito mais intensa e dolorosa, é claro. Mas a diferença marcante não é nem essa. A diferença tão perturbadora é que junho teve um final feliz. Seja pela saudade, seja pela insistência, seja pela experiência alheia, não importa; ele me deu a chance de ser uma pessoa melhor. E hoje?! Hoje se nega a acreditar, se nega a pensar, se nega até mesmo a sentir. Mas por mais que lute contra si mesmo, o amor é sempre vencedor. E eu acredito nisso, com toda minha alma e toda minha dor. Porque o conheço melhor que a mim mesma.

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