sexta-feira, 30 de outubro de 2009

04 de maio de 2007

Coisa mais chata; sempre se apaixonar pela pessoa errada. Tudo seria mais fácil e mais feliz se a gente só gostasse da pessoa certa; de quem gosta da gente. Mas acho que isso não existe. Não que eu saiba. E, se isso não acontece, como duas pessoas podem dizer-se felizes? Não tenho a menor ideia. Talvez isso exista sim; você gostar de alguém que também gosta de você. Mas, comigo, isso infelizmente nunca aconteceu. Ainda. E, se um dia realmente acontecer, começo a acreditar num amor feliz. Porque, amar, eu amo; e muito. Na verdade, não sei se é amor; nunca se sabe. Só sei que nunca gostei de alguém como gosto dele. Nunca senti o que sinto por ele. Nunca sofri o que sofro por ele. Nunca chorei o quanto choro por ele. Tudo isso é algo novo, diferente, especial. Algo que inconscientemente eu chamo de amor. Amor que aos poucos me destrói por dentro. Que me deixa o coração em pedaços. Se pudesse, escolheria não amá-lo. Se pudesse, escolheria não sofrer. Se pudesse, ainda, escolheria não mais amar; mesmo que isso pareça frio e insensível. Porque tenho a absoluta certeza de que, não mais amando, não mais sofreria. Afinal, não haveria por quem sofrer. É mentira quando dizem que temos a liberdade de escolha. Não, não a temos. Sempre somos forçados a fazer escolhas necessárias. Isso é, quando podemos escolher. Porque, quando não podemos, é sempre assim; amar, sofrer e chorar, num absurdo ciclo vicioso.

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