segunda-feira, 29 de março de 2010

07 de agosto de 2009

Eu ainda não tinha sentido o verdadeiro terror disso tudo. Até agora. Agora percebo a verdade por trás de suas palavras; percebo que tudo não passou de um eufemismo barato pra tentar amenizar as coisas pra mim. Mas saibam todos que isso de nada valeu. Por mais falsas que fossem, nenhuma daquelas palavras me confortou de alguma maneira. Só fizeram criar em mim o mais próximo de esperança que eu podia conceber. E agora eu pergunto: por que? Por que tamanha crueldade? Pode, por favor, me explicar o que ganha com isso? Por mais que eu tente, não posso compreender. Só posso perceber que, por mais uma vez, a minha maldita transparência e a crença de que todos são assim também me destruiu. Malditas mentiras. Maldita falsidade. Malditas fantasias. Estou farta de viver num baile de máscaras, de ser colocada à espera de algo que jamais voltará. Eu quero honestidade. Eu quero ver a verdade, dura, rasgando-me o peito. Quero vê-la arrancando-me sangue. Cortando minha carne. Matando-me. Mas quero a verdade. Quero que diga na minha cara, olhando nos meus olhos, que não quer mais me ver, que jamais quer estar comigo de novo. Que quer poder rir do meu cadáver, ao saber que foi obra sua. Quero a verdade, por mais obscura que seja. Quero que dê razão a seus atos. Ou que deixe seu orgulho de lado, como fiz, e faça o que o coração manda. Não importa como seja. De todos os modos, só quero que seja sincero. Todos. Quero que todos sejam sinceros. Juro que é minha única exigência.

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