28 de fevereiro de 2008

Eu não entendo você. Não sei por quê você faz isso. Você me repreende, diz que estou errada, pra depois cometer o mesmo erro. Por que isso? Por que? Ultimamente você só me provoca lágrimas. Eu só sei chorar por você. Cada vez é um problema, cada hora é um motivo. E eu sou sempre a errada na história toda. Mas você nunca para para olhar a si mesmo. Você nunca para para pensar no que está fazendo. Você pensa ser perfeito, só pode. E, quando repara nos próprios erros, pede desculpas. Mas eu já disse que desculpas para nada servem. Tanto que eu nem as peço. Assim é fácil demais; eu posso fazer o que eu quiser e pedir desculpas depois. Mas não é assim que funciona. Eu já disse isso uma vez; acho que estou precisando repetir: eu abri mão do meu mundo por você, e você abre mão de mim pelo seu mundo. Isso resume tudo o que eu sinto. Mas eu já cansei disso. Eu não aguento mais; já está doendo o suficiente. E, no dia em que isso me ferir verdadeiramente; no dia em que isso me abrir uma ferida irreversível; aí sim vai ser tarde demais. E não haverá volta. Por mais que eu o ame, e amo; por mais que você seja importante demais pra mim; vai ser tarde demais. Eu não sou feita de aço; não tenho coração de pedra. Você não é o único que é magoado ou que se chateia. E é esse seu grande problema. E você não sabe lidar com isso. E, sinceramente, também não estou sabendo. Nem nunca aprenderei. Pensei que nunca diria isso, mas você está deixando-me triste. Eu não quero dizer-lhe; quando eu digo você nunca entende. Nunca. Você diz que estou ficando neurótica, doida; e a errada na história sou eu mais uma vez. Então eu prefiro fazer parecer que tudo está bem. Assim evitamos brigas, e você se magoa menos. Já que, toda vez que eu resolvo dizer-lhe qualquer coisa que sinto, você se magoa, se chateia. Afinal, você pode, não é mesmo? Só você, por sinal. Por isso digo que cansei. E talvez também porque eu seja sensível e frágil demais pra você. Mas você ainda acha que estou fazendo graça. Mas é porque o amo. Mais que tudo no mundo; pra sempre e sem data.